29 março 2012

- A depressão ainda não me pegou hoje. Rá!
Na boua, as pessoas que me conhecem ficam impressionadas quando falo isso.
- Ela é tão alegre, nunca pensei (elas dizem).
É, pois eu penso toda hora, e eu sou mesmo essa pessoa que chora no meio de todo mundo (pessoas desconhecidas, claro), essa pessoa resmungona e mal amada.
E tem muita coisa aqui dentro, sabe? Muito conflito, muita noite sem dormir, muita coisa por falar, mas...eu sou tão sorridente e alegre.
Ontem fui consolada por um amigo, que acha que estou precisando é de férias, e talvez seja isso mesmo. Mas dá para tirar férias da casca? Sair daqui de dentro um pouquinho e depois voltar? 
Assim, simples?

28 março 2012

Comidas e outras coisas.
Não sei o que rola, mas além do cansaço não estou nem aí para as coisas que obrigatoriamente, eu deveria estar.
Fiz uma pequena listinha de tudo que terei que fazer, para ter paz de espírito nessa vida (ou nesse mês que entra), mas não obtive êxito.
De forma que, o que não faço não posso exigir que meu marido  faça, e assim sendo, ficam os dois de papo para o ar, nas duas únicas horas do dia que nos são reservadas. Ou seja, a janta não é feita. Consequentemente no outro dia almoçamos qualquer coisa na rua.
A galera do trabalho está em uma onda de pedir tudo que estou comendo, se tivesse chumbinho na comida, seria suicídio em massa (todos pensariam).

Odeio.
E nessa tarde tão deliciosa, na qual comi pastel integral de berinjela, e como sobremesa, balinha de gengibre.
 Chorei.
Enquanto tentava sentir o gosto do pastel, chorava. E me senti a última das mortais, por está ali, encurralada comendo aquilo. Chorei por não poder comer como uma pessoa normal, que tem horário de almoço. Chorei por está em um lugar que detesto, e nem assim ter pena de mim mesma. O que não adiantaria muito.
Chorei, e me prometi fazer um bolo com baba de moça para passar o calundu.

15 março 2012

Namoramos quase 10 anos,

Isso entre idas e vindas, que não foram tão poucas assim.  A ideia de ficar divididos entre faculdade, casa, emprego e casamento, nos deixava meio temerosos. E, fora a maturidade, que hoje olhando sei que não tínhamos.
De forma que quando enfim, decidimos juntar as escovas de dente, coabitar no mesmo lugar, dormir de conchinha, o pensamento veio em  “E o teto?!” “A casa cadê?!”. 
 É minha gente, a casa cadê?
Pensando assim, antes mesmo de marcar a Igreja, convidar Padrinhos e comprar nossa primeira panela, fomos correr atrás do principal “Minha casa, minha vida!”.  Ficou combinado que iríamos alugar uma casa e que seria uma ação temporária.
E agora, passados nove meses (na garganta para nascer) e nosso contrato acabando, o desesperou se agarrou a mim.
O bem da verdade é que, não temos um tostão furado para comprar essa casa. Temos o suor na cara, e o esforço diário para honrar nossos compromissos (que dó, que dó) que não são poucos.
Os imóveis em Brasília estão um absurdo de caros, de forma que mesmo ganhando um milhão no Big Brother, pouco provável que um confinado daqueles venham morar aqui. Até para as bandas que habito (que é quase pulando fora do quadradinho), a coisa é feia.
Estamos tentando todas as possibilidades, de financiamento a assalto ao porco rosado que fica escondido atrás da porta, caridade de pessoas altruístas e omilhações perante nossos pais.
E eu indago, tem como ter um espírito apascentado e tranquilo? Nunca!

14 março 2012

Desistindo das pessoas.
Além da minha preguiça habitual e diária das coisas, vem mais essa. E é muito contraditório já que, sempre peço a Deus que nunca desista de mim. Mas o fato é esse mesmo, sabe? Ando com muita preguiça das pessoas. De ter que ficar ligando, ter que ficar perguntando o motivo do sumiço. Não é magoazinha, coisinha de menina e nada, é preguiça. Estou em um estágio de evitar festinhas, reuniõezinhas, coisinhas com muita gente só para não ter que me interessa por assunto nenhum, de pessoa alguma.
Fase meio off mesmo.
A dúvida quanto à nova graduação continua. Não vou mentir, estou muito cansada do lado social que passei esse tempo todo encarando, e acho que, preciso realmente de uma profissão que me dê uma base financeira melhor. Adoro história, mas não me sinto feliz em dar aulas e afins, e sei que o reconhecimento não é lá essas coisas. Parece que depois de adulto, essa questão fica ainda pior. Até então eram sonhos e expectativas. Agora, agora é o pão nosso de cada dia. É o sustento da família. O alimento dos bruguélos.
Daí me da um frio na barriga, e um super medo dessas mudanças, sabe? E se eu desistir no caminho? E se não der certo? E se eu enjoar (como faço com a maioria das coisas) e pedir arrego? É, ando meio coisa novamente.
 

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