28 maio 2012

E tem dias que você está assim!


Livro de Receitas para Mulheres Tristes.

Se um dia você adoecer de palavras, coisa que acontece com todo mundo, e ficar farta de ouvi-las, de dizê-las; se qualquer uma que escolher lhe parecer gasta, sem brilho, deficiente; se sentir náusea ao ouvir um “horrível” ou “divino” sobre qualquer assunto, não será com uma sopa de letras, claro, que vai se curar.
Deve fazer o seguinte: cozinhar um prato de espaguete al dente e temperá-lo com o molho mais simples — alho, azeite e pimenta vermelha. Sobre a massa já misturada a esses ingredientes, por mais que a etiqueta o condene, rale uma camada de queijo pecorino. Do lado direito do prato fundo cheio de espaguete assim temperado, ponha um livro aberto. Do lado esquerdo, ponha um livro aberto. À frente, um copo cheio de vinho tinto seco. Qualquer outra companhia não é recomendável. Vire ao acaso as páginas de ambos os livros, mas os dois deverão ser de poesia. Só os bons poetas nos curam do fastio de palavras. Só a comida simples e essencial nos cura da saturação da gula.

Héctor Abad

(É ou não reconfortante essa junção de música boa e palavras para o coração?)

22 maio 2012

Hoje eu acordei com um gostinho, uma vontade de ser feliz. E com o friozinho que está fazendo, eu queria me aninhar e ficar no quentinho.
Eu adoro o frio. Na verdade não tenho paciência para o calor e sol, e passo quilos e quilos de protetor. Para não falar que não gosto dele de todo, gosto do solzinho manso e acanhado do sábado. Acho que como entro um pouquinho mais tarde no trabalho, vejo o nascer do sol e aquela quinturinha branda.
Para combinar com o aconchego do lar e os carinhos do maridão, esses dias fiz uma sopinha ótima e agradou todo mundo.

Sopa de Abóbora, que não tem nada de mistério para preparar. Que teve como temperinho especial o camarão seco seco que minha Tia Martinha trouxe da Bahia. Hummm!
E ao fundo, meu querido John Legend.



19 maio 2012

Está fazendo um friozinho gostoso que só, aqui em BSB. E me dá um quentinho no coração quando eu ouço essa música.
É de uma banda amiga, e fico super contente com o trabalho dos meninos.
A prova de que, quando queremos muito uma coisa e trabalhamos por isso, ela acontece.

07 maio 2012



Ontem fomos para o Parque da Cidade e tivemos um dia bem gostoso. Fechei a semana de forma bem agradável, já que minhas férias acabaram e voltei a pegar no batente. O bom é que deu para relaxar e sorrir um pouco.
Mesmo com as férias, tenho andado cansada e muito pensativa sobre as tudo. Não sei se a idade influência, mas tenho pensado e refletido sobre muita coisa.  
Assim sendo, estou criando um espaço no dia a dia para prestar mais atenção às coisas e situações que me cercam, e principalmente a me perceber melhor. O fator “tempo” tem nos acelerado cada vez mais, e nos faz acreditar que se não for corrido assim, não está acontecendo nada. Vamos deixando as coisas de lado e nos maltratando aos poucos, e lá na frente encontraremos uma pessoa com manias erradas, doente ou desperdiçando seu tempo.
Não quero isso mais.
Quero mudanças. A poesia das pequenas coisas é que me deixa feliz, satisfeita e segura.
Por isso, resolvi colocar tudo isso na minha vida: metas que eu sei que só posso atingir em longo prazo, mas que se seguidas... ou melhor, vividas, é que irão nortear de forma bacana o meu caminho.
Passei a me paquerar, a desejar coisas boas, a comer melhor, a tomar água. A guardar o silencio, a me elogiar mais. E isso tudo é muito complicado, mudar o hábito é muito complicado. Mas uma vez lançada à semente, o que se tem a colher será coisa boa.
Claro que não se terá assim um espírito de Poliana, de que o mundo é maravilhoso e que nada irá me afetar. A história não é essa. A história é se querer bem. E eu estou tentando, e devo ter muitos avanços por aí, como muitas barreiras e discussões acaloradas sobre as coisas.
 

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